Se quer seguir-me, narro-lhe; não uma aventura, mas experiência, a que me induziram, alternadamente, séries de raciocínios e intuições. Tomou-me tempo, desânimos, esforços. Dela me prezo, sem vangloriar-me. Surpreendo-me, porém, um tanto à-parte de todos, penetrando conhecimento que os outros ainda ignoram. O senhor, por exemplo, que sabe e estuda, suponho nem tenha idéia do que seja na verdade — um espelho? Demais, decerto, das noções de física, com que se familiarizou, as leis da óptica. Reporto-me ao transcendente. Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo.
Fixemo-nos no concreto. O espelho, são muitos, captando-lhe as feições; todos refletem-lhe o rosto, e o senhor crê-se com aspecto próprio e praticamente imudado, do qual lhe dão imagem fiel. Mas — que espelho? Há-os «bons» e «maus», os que favorecem e os que detraem; e os que são apenas honestos, pois não. E onde situar o nível e ponto dessa honestidade ou fidedignidade? Como é que o senhor, eu, os restantes próximos, somos, no visível? O senhor dirá: as fotografias o comprovam. Respondo: que, além de prevalecerem para as lentes das máquinas objeções análogas, seus resultados apóiam antes que desmentem a minha tese, tanto revelam superporem-se aos dados iconográficos os índices do misterioso. Ainda que tirados de imediato um após outro, os retratos sempre serão entre si muito diferentes. Se nunca atentou nisso, é porque vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes. E as máscaras, moldadas nos rostos? Valem, grosso modo, para o falquejo das formas, não para o explodir da expressão, o dinamismo fisionômico. Não se esqueça, é de
fenômenos sutis que estamos tratando.
Resta-lhe argumento: qualquer pessoa pode, a um tempo, ver o rosto de outra e sua reflexão no espelho. Sem sofisma, refuto-o. O experimento, por sinal ainda não realizado com rigor, careceria de valor científico, em vista das irredutíveis deformações, de ordem psicológica. Tente, aliás, fazê-lo, e terá notáveis surpresas. Além de que a simultaneidade torna-se impossível, no fluir de valores instantâneos. Ah, o tempo é o mágico de todas as traições… E os próprios olhos, de cada um de nós, padecem viciação de origem, defeitos com que cresceram e a que se afizeram, mais e mais. Por começo, a criancinha vê os objetos invertidos, daí seu desajeitado tactear; só a pouco e pouco é que consegue retificar, sobre a postura dos volumes externos, uma precária visão. Subsistem, porém, outras pechas, e mais graves. Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim. Ah, meu amigo, a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica, mas algo ou alguém de tudo faz frincha para rir-se da gente… E então?
Note que meus reparos limitam-se ao capítulo dos espelhos planos, de uso comum. E os demais — côncavos, convexos, parabólicos — além da possibilidade de outros, não descobertos, apenas, ainda? Um espelho, por exemplo, tetra ou quadridimensional? Parece-me não absurda, a hipótese. Matemáticos especializados, depois de mental adestramento, vieram a construir objetos a quatro dimensões, para isso utilizando pequenos cubos, de várias cores, como esses com que os meninos brincam. Duvida?
Vejo que começa a descontar um pouco de sua inicial desconfiança, quanto ao meu são juízo. Fiquemos, porém, no terra-a-terra. Rimo-nos, nas barracas de diversões, daqueles caricatos espelhos, que nos reduzem a mostrengos, esticados ou globosos. Mas, se só usamos os planos — e nas curvas de um bule tem-se
sofrível espelho convexo, e numa colher brunida um côncavo razoável — deve-se a que primeiro a humanidade mirou-se nas superfícies de água quieta, lagoas, lameiros, fontes, delas aprendendo a fazer tais utensílios de metal ou cristal. Tirésias, contudo, já havia predito ao belo Narciso que ele viveria apenas enquanto a si mesmo não se visse… Sim, são para se ter medo, os espelhos.
Temi-os, desde menino, por instintiva suspeita. Também os animais negam-se a encará-los, salvo as críveis excepções. Sou do interior, o senhor também; na nossa terra, diz-se que nunca se deve olhar em espelho às horas mortas da noite, estando-se sozinho. Porque, neles, às vezes, em lugar de nossa imagem, assombra-nos alguma outra e medonha visão. Sou, porém, positivo, um racional, piso o chão a pés e patas. Satisfazer-me com fantásticas não-explicações? — jamais. Que amedrontadora visão seria então aquela? Quem o Monstro?
Sendo talvez meu medo a revivescência de impressões atávicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a idéia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. Via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para a pesquisa. A alma do espelho — anote-a — esplêndida metáfora. Outros, aliás, identificavam a alma com a sombra do corpo; e não lhe terá escapado a polarização: luz—treva. Não se costumava tapar os espelhos, ou voltá-los contra a parede, quando morria alguém da casa? Se, além de os utilizarem nos manejos da magia, imitativa ou simpática, videntes serviam-se deles, como da bola de cristal, vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda de direção e de velocidade? Alongo-me, porém. Contava-lhe…
Foi num lavatório de edifício público, por acaso. Eu era moço, comigo contente, vaidoso. Descuidado, avistei… Explico-lhe: dois espelhos — um de parede, o outro de porta lateral, aberta em ângulo propício — faziam jogo. E o que enxerguei, por instante, foi uma figura, perfil humano, desagradável ao derradeiro grau, repulsivo senão hediondo. Deu-me náusea, aquele homem, causava-me ódio e susto, eriçamento, espavor. E era — logo descobri… era eu, mesmo! O senhor acha que eu algum dia ia esquecer essa revelação? Desde aí, comecei a procurar-me — ao eu por detrás de mim — à tona dos espelhos, em sua lisa, funda
lâmina, em seu lume frio. Isso, que se saiba, antes ninguém tentara. Quem se olha em espelho, o faz partindo de preconceito afetivo, de um mais ou menos falaz pressuposto: ninguém se acha na verdade feio: quando muito, em certos momentos, desgostamo-nos por provisoriamente discrepantes de um ideal estético já aceito. Sou claro? O que se busca, então, é verificar, acertar, trabalhar um modelo subjetivo, preexistente; enfim, ampliar o ilusório, mediante sucessivas novas capas de ilusão. Eu, porém, era um perquiridor imparcial, neutro absolutamente. O caçador de meu próprio aspecto formal, movido por curiosidade, quando não impessoal, desinteressada; para não dizer o urgir científico. Levei meses.
Sim, instrutivos. Operava com toda a sorte de astúcias: o rapidíssimo relance, os golpes de esguelha, a longa obliqüidade apurada, as contra-surpresas, a finta de pálpebras, a tocaia com a luz de-repente acesa, os ângulos variados incessantemente. Sobretudo, uma inembotável paciência. Mirava-me, também, em marcados momentos — de ira, medo, orgulho abatido ou dilatado, extrema alegria ou tristeza. Sobreabriam-se-me enigmas. Se, por exemplo, em estado de ódio, o senhor enfrenta objetivamente a sua imagem, o ódio reflui e recrudesce, em tremendas multiplicações: e o senhor vê, então, que, de fato, só se odeia é a si mesmo. Olhos contra os olhos. Soube-o: os olhos da gente não têm fim. Só eles paravam imutáveis, no centro do segredo. Se é que de mim não zombassem, para lá de uma máscara. Porque, o resto, o rosto, mudava permanentemente. O senhor, como os demais, não vê que seu rosto é apenas um movimento deceptivo, constante. Não vê, porque mal advertido, avezado; diria eu: ainda adormecido, sem desenvolver sequer as mais necessárias novas percepções.
Não vê, como também não se vêem, no comum, os movimentos translativo e rotatório deste planeta Terra, sobre que os seus e os meus pés assentam. Se quiser, não me desculpe; mas o senhor me compreende.
Sendo assim, necessitava eu de transverberar o embuço, a travisagem daquela máscara, a fito de devassar o núcleo dessa nebulosa — a minha vera forma. Tinha de haver um jeito. Meditei-o. Assistiram-me seguras inspirações.
Concluí que, interpenetrando-se no disfarce do rosto externo diversas componentes, meu problema seria o de submetê-las a um bloqueio “visual” ou anulamento perceptivo, a suspensão de uma por uma, desde as mais rudimentares, grosseiras, ou de inferior significado. Tomei o elemento animal, para começo.
Parecer-se cada um de nós com determinado bicho, relembrar seu facies, é fato. Constato-o, apenas; longe de mim puxar à bimbalha temas de metempsicose ou teorias biogenéticas. De um mestre, aliás, na ciência de Lavater, eu me inteirara no assunto. Que acha? Com caras e cabeças ovinas ou eqüinas, por exemplo, bastalhe relancear a multidão ou atentar nos conhecidos, para reconhecer que os há, muitos. Meu sósia inferior na escala era, porém — a onça. Confirmei-me disso. E, então, eu teria que, após dissociá-los meticulosamente, aprender a não ver, no espelho, os traços que em mim recordavam o grande felino. Atirei-me a tanto.
Releve-me não detalhar o método ou métodos de que me vali, e que revezavam a mais buscante análise e o estrênuo vigor de abstração. Mesmo as etapas preparatórias dariam para aterrar a quem menos pronto ao árduo. Como todo homem culto, o senhor não desconhece a Ioga, e já a terá praticado, quando não seja, em suas mais elementares técnicas. E, os “exercícios espirituais” dos jesuítas, sei de filósofos e pensadores incréus que os cultivam, para aprofundarem-se na capacidade de concentração, de par com a imaginação criadora… Enfim, não lhe oculto haver recorrido a meios um tanto empíricos: gradações de luzes, lâmpadas coloridas, pomadas fosforescentes na obscuridade. Só a uma expediência me recusei, por medíocre senão falseadora, a de empregar outras substâncias no aço e estanhagem dos espelhos. Mas, era principalmente no modus de focar, na visão parcialmente alheada, que eu tinha de agilitar-me: olhar não-vendo.. Sem ver o que, em meu rosto, não passava de reliquat bestial. Ia-o conseguindo?
Saiba que eu perseguia uma realidade experimental, não uma hipótese imaginária. E digo-lhe que nessa operação fazia reais progressos. Pouco a pouco, no campo-de-vista do espelho, minha figura reproduzia-se-me lacunar, com atenuadas, quase apagadas de todo, aquelas partes excrescentes. Prossegui. Já aí, porém, decidindome a tratar simultaneamente as outras componentes, contingentes e ilusivas. Assim, o elemento hereditário — as parecenças com os pais e avós — que são também, nos nossos rostos, um lastro evolutivo residual. Ah, meu amigo, nem no ovo o pinto está intacto. E, em seguida, o que se deveria ao contágio das paixões, manifestadas ou latentes, o que ressaltava das desordenadas pressões psicológicas transitórias. E, ainda, o que, em nossas caras, materializa idéias e sugestões de outrem; e os efêmeros interesses, sem seqüência nem antecedência, sem conexões nem fundura. Careceríamos de dias, para explicar-lhe. Prefiro que tome minhas afirmações por seu valor nominal.
À medida que trabalhava com maior mestria, no excluir, abstrair e abstrar, meu esquema perspectivo clivava-se, em forma meândrica, a modos de couve-flor ou bucho de boi, e em mosaicos, e francamente cavernoso, como uma esponja. E escurecia-se. Por aí, não obstante os cuidados com a saúde, comecei a sofrer
dores de cabeça. Será que me acovardei, sem menos? Perdoe-me, o senhor, o constrangimento, ao ter de mudar de tom para confidência tão humana, em nota de fraqueza inesperada e indigna. Lembre-se, porém, de Terêncio. Sim, os antigos; acudiu-me que representavam justamente com um espelho, rodeado de uma serpente, a Prudência, como divindade alegórica. De golpe, abandonei a investigação. Deixei, mesmo, por meses, de me olhar em qualquer espelho.
Mas, com o comum correr quotidiano, a gente se aquieta, esquece-se de muito. O tempo, em longo trecho, é sempre tranqüilo. E pode ser, não menos, que encoberta curiosidade me picasse. Um dia… Desculpe-me, não viso a efeitos de ficcionista, inflectindo de propósito, em agudo, as situações. Simplesmente lhe digo que me olhei num espelho e não me vi. Não vi nada. Só o campo, liso, às vácuas, aberto como o sol, água limpíssima, à dispersão da luz, tapadamente tudo. Eu não tinha formas, rosto? Apalpei-me, em muito. Mas, o invisto. O ficto. O sem evidência física. Eu era — o transparente contemplador?… Tirei-me. Aturdi-me, a ponto de me deixar cair numa poltrona.
Com que, então, durante aqueles meses de repouso, a faculdade, antes buscada, por si em mim se exercitara! Para sempre? Voltei a querer encarar-me. Nada. E, o que tomadamente me estarreceu: eu não via os meus olhos. No brilhante e polido nada, não se me espelhavam nem eles!
Tanto dito que, partindo para uma figura gradualmente simplificada, despojara-me, ao termo, até à total desfigura. E a terrível conclusão: não haveria em mim uma existência central, pessoal, autônoma? Seria eu um… desalmado? Então, o que se me fingia de um suposto eu, não era mais que, sobre a persistência do animal, um pouco de herança, de soltos instintos, energia passional estranha, um entrecruzar-se de influências, e tudo o mais que na impermanência se indefine? Diziam-me isso os raios luminosos e a face vazia do espelho — com rigorosa infidelidade. E, seria assim, com todos? Seríamos não muito mais que as crianças — o espírito do viver não passando de ímpetos espasmódicos, relampejados entre miragens: a esperança e a memória.
Mas, o senhor estará achando que desvario e desoriento-me, confundindo o físico, o hiperfísico e o transfísico, fora do menor equilíbrio de raciocínio ou alinhamento lógico — na conta agora caio. Estará pensando que, do que eu disse, nada se acerta, nada prova nada. Mesmo que tudo fosse verdade, não seria mais que reles obsessão auto-sugestiva, e o despropósito de pretender que psiquismo ou alma se retratassem em espelho…
Dou-lhe razão. Há, porém, que sou um mau contador, precipitando-me às ilações antes dos fatos, e, pois: pondo os bois atrás do carro e os chifres depois dos bois. Releve-me. E deixe que o final de meu capítulo traga luzes ao até agora aventado, canhestra e antecipadamente.
São sucessos muito de ordem íntima, de caráter assaz esquisito. Narro-os, sob palavra, sob segredo. Pejo-me. Tenho de demais resumi-los.
Pois foi que, mais tarde, anos, ao fim de uma ocasião de sofrimentos grandes, de novo me defrontei — não rosto a rosto. O espelho mostrou-me. Ouça. Por um certo tempo, nada enxerguei. Só então, só depois: o tênue começo de um quanto como uma luz, que se nublava, aos poucos tentando-se em débil cintilação,
radiância. Seu mínimo ondear comovia-me, ou já estaria contido em minha emoção? Que luzinha, aquela, que de mim se emitia, para deter-se acolá, refletida, surpresa? Se quiser, infira o senhor mesmo.
São coisas que se não devem entrever; pelo menos, além de um tanto. São outras coisas, conforme pude distinguir, muito mais tarde — por último — num espelho. Por aí, perdoe-me o detalhe, eu já amava — já aprendendo, isto seja, a conformidade e a alegria. E… Sim, vi, a mim mesmo, de novo, meu rosto, um rosto; não este, que o senhor razoavelmente me atribui. Mas o ainda-nem-rosto — quase delineado, apenas — mal emergindo, qual uma flor pelágica, de nascimento abissal… E era não mais que: rostinho de menino, de menosque-menino, só. Só. Será que o senhor nunca compreenderá?
Devia ou não devia contar-lhe, por motivos de talvez. Do que digo, descubro, deduzo. Será, se? Apalpo o evidente? Tresbusco. Será este nosso desengonço e mundo o plano — intersecção de planos — onde se completam de fazer as almas?
Se sim, a “vida” consiste em experiência extrema e séria; sua técnica — ou pelo menos parte — exigindo o consciente alijamento, o despojamento, de tudo o que obstrui o crescer da alma, o que a atulha e soterra? Depois, o “salto mortale”… — digo-o, do jeito, não porque os acrobatas italianos o aviventaram, mas por precisarem de toque e timbre novos as comuns expressões, amortecidas… E o julgamento-problema, podendo sobrevir com a simples pergunta: — “Você chegou a existir?”
Sim? Mas, então, está irremediavelmente destruída a concepção de vivermos em agradável acaso, sem razão nenhuma, num vale de bobagens? Disse. Se me permite, espero, agora, sua opinião, mesma, do senhor, sobre tanto assunto. Solicito os reparos que se digne dar-me, a mim, servo do senhor, recente amigo, mas companheiro no amor da ciência, de seus transviados acertos e de seus esbarros titubeados. Sim?
ROSA, Guimarães.
Primeiras Estórias.
DOWNLOAD EBOOK (Nova Fronteira, 2014, epub)
SIGA VIAGEM:
“queria semear a Dúvida até nas entranhas do globo, impregnar com ela toda a matéria, fazê-la reinar onde o espírito jamais penetrou e, antes de alcançar a medula dos seres vivos, sacudir a quietude das pedras, introduzir nelas a insegurança e os defeitos do coração. Arquiteto, teria construído um templo à Ruína; predicador, revelado a farsa da oração; rei, hasteado a bandeira da rebelião. Eu teria estimulado em toda parte a infidelidade a si mesmo, impedindo multidões de corromperem-se no podredouro das certezas…” (Breviário de Decomposição)
Aqui na Casa de Vidro disponibilizamos abaixo 10 ebooks completos para download, reunidos e compartilhados pelo Arquivo Kronos. Confira também o texto de Cioran Diógenes, O Cão Celestial, que pinta um retrato desta figuraça da filosofia grega, o sábio vagabundo e provocante cínico que saía à cata de um ser humano de verdade, com sua lanterna, em plena luz do dia, e que quando teve um cargo importante a ele oferecido pelo imperador, recusou-o dizendo: “Só quero que saias da frente do meu sol.”
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DOCUMENTÁRIO COMPLETO:
Photo by Ezequiel Scagnetti [http://www.ezequiel-scagnetti.com]
“A razão quando vive solitária gera monstros. Sou um senti-pensante, alguém que intenta atar a emoção e a razão. Conto histórias críticas mas celebrantes. (…) O que mais me fascina na condição humana é sua diversidade. (…) Tudo o que escrevo é na tentativa de recuperação das cores do arco-íris terrestre. Eu creio que o arco-íris terrestre tem muito mais fulgores e cores que o arco-íris celeste. Mas estamos cegos e não o vemos.”
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“O poeta Antônio Machado, em um verso inolvidável, disse: ‘agora qualquer néscio confunde valor e preço’. E este é um sistema em que todos nós temos um preço, e a partir dele se define nosso valor. Ou seja: é um sistema que mente, pois o valor não se mede pelo preço. As coisas mais valiosas podem ser gratuitas.”
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“A fome não é só fome de pão. Há também muita fome de abraço. Este é um mundo esfomeado de pão e abraço. E não seremos humanos, nem deveras democráticos, se não formos capazes de criar um mundo em que não haja fome nem de pão, nem de abraço.”
EDUARDO GALEANO
SELEÇÃO DE VÍDEOS
SANGUE LATINO (25 min)
O DIREITO AO DELÍRIO (18 min)
IDENTIDAD Y LUGAR (37 min)
A ORDEM CRIMINOSA DO MUNDO
ES TIEMPO DE VIVIR SIN MIEDO
LA VIDA SEGÚN GALEANO (Episódios 1 a 4)
LA VIDA SEGÚN GALEANO (Episódios 5 a 8)
LA VIDA SEGÚN GALEANO (Episódios 9 a 12)
LA VIDA SEGÚN GALEANO (Episódios 13)
LOS DÍAS DE GALEANO (Capítulos 1 a 5)
LOS DÍAS DE GALEANO (Capítulos 6 a 10)
VOCES
LOS HIJOS DE LOS DIAS (1h10min)
ENTREVISTA COM AURELIO ALONSO
LO PASADO PENSADO
NO VALE A PENA VIVIR PARA GANAR
SÉRIE LA VIDA SEGÚN GALEANO COMPLETA
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EBOOKS:
Hannah Arendt (1906-1975)
Um filme de Margarethe von Trotta
Estrelado por Barbara Sukowa
Completo e legendado em português:
DOWNLOAD TORRENT
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LEIA TAMBÉM:
“Origens do Totalitarismo”
Download do e-book
(Cia das Letras, 1990, pdf)
“A incisiva e inesgotável sugestividade do abrangente pensamento de Hannah Arendt torna este livro […] ponto de referência indispensável para a reflexão político-filosófica no mundo contemporâneo.” – Celso Lafer
“Um formidável instrumento de análise, aqui e agora, para desvendar os elementos de autoritarismo, de opressão, que sobrevivem no liberalismo dos regimes democráticos ou no socialismo que se liberaliza.” – Paulo Sérgio Pinheiro
SINOPSE: “Origens do Totalitarismo” tornou-se um clássico logo depois de sua publicação, e até hoje a obra é considerada a história definitiva dos movimentos políticos totalitários. Hannah Arendt primeiro elucida o crescimento do antissemitismo na Europa Central e Ocidental nos anos 1800 e prossegue com a análise do imperialismo colonial europeu desde 1884 até a deflagração da Primeira Guerra Mundial. A última seção discute as instituições e operações desses movimentos, centrando-se nos dois principais regimes totalitários da nossa era: a Alemanha nazista e a Rússia stalinista. Arendt considera a transformação de classes em massas, o papel da propaganda para lidar com o mundo não totalitário e o uso do terror como fatores essenciais para o funcionamento desse tipo de regime. E no brilhante capítulo de conclusão, ela avalia a natureza de isolamento e solidão como precondições da dominação total.
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“A Vida do Espírito” (Relume Dumará, 1992, 21 MB, PDF)
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“A Condição Humana”
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“Eichmann en Jerusalén – Un estudio sobre la banalidad del mal”
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“Men in Dark Times”
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“O mundo comum é aquilo que adentramos ao nascer e que deixamos para trás quando morremos. Transcende a duração de nossa vida tanto no passado quanto no futuro: preexistia à nossa chegada e sobreviverá à nossa breve permanência. É isto o que temos em comum não só com aqueles que vivem conosco, mas também com aqueles que aqui estiveram antes e aqueles que virão depois de nós. Mas esse mundo comum só pode sobreviver ao advento e à partida das gerações na medida em que tem uma presença pública. É o caráter público da esfera pública que é capaz de absorver e dar brilho através dos séculos a tudo o que os homens venham a preservar da ruína natural do tempo. (…) Fluindo na direção da morte, a vida do homem arrastaria consigo, inevitavelmente, todas as coisas humanas para a ruína e a destruição, se não fosse a faculdade humana de interrompê-las e iniciar algo novo, faculdade inerente à ação como perene advertência de que os homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para começar.” HANNAH ARENDT em “A Condição Humana” (Compartilhar via Facebook)
O PODER DO MITO
Joseph Campbell & Bill Moyers
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1º EPISÓDIO – A Mensagem do Mito
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2º EPISÓDIO – A Saga do Herói
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3º EPISÓDIO – Os Primeiros Contadores de Histórias
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4º EPISÓDIO – Sacrifício e Felicidade
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5º EPISÓDIO – O Amor e a Deusa
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6º EPISÓDIO – Máscara da Eternidade
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by Maria Popova at Brain Pickings
In 1985, mythologist and writer Joseph John Campbell (March 26, 1904–October 30, 1987) sat down with legendary interviewer and idea-monger Bill Moyers for a lengthy conversation at George Lucas’s Skywalker Ranch in California, which continued the following year at the American Museum of Natural History in New York. The resulting 24 hours of raw footage were edited down to six one-hour episodes and broadcast on PBS in 1988, shortly after Campbell’s death, in what became one of the most popular series in the history of public television.
But Moyers and the team at PBS felt that the unedited conversation, three quarters of which didn’t make it into the television production, was so rich in substance that it merited preservation and public attention. Shortly after the broadcast, the full transcript was published as The Power of Myth (public library) — a dimensional discussion of Campbell’s views on spirituality, psychological archetypes, cultural myths, and the mythology of self. The book is nothing short of secular scripture — a trove of wisdom on the human experience in the canon of such rare masterworks as Thoreau’s journals, Simone Weil’s notebooks, Rilke’s Letters to a Young Poet, and Annie Dillard’s Pilgrim at Tinker Creek.
As Moyers notes in the introduction, Campbell saw as the greatest human transgression “the sin of inadvertence, of not being alert, not quite awake.” This, perhaps, is why the most rewarding part of the conversation deals with the dictum that has come to encapsulate Campbell’s philosophy on life: “Follow your bliss.”
“Joel Birman é filósofo e psicanalista. Formado em medicina na década de 1970 é Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado em Paris, no Laboratoire de Psichopathologie Fundamentale et Psychanalyse (Université Paris VII). Atualmente é professor na UFRJ e UERJ.
Nesta entrevista produzida pela TVBrasil é investigada a relação entre arte e loucura. Birman desvenda as inúmeras e complexas relações entre arte e loucura e entre arte e psicanálise. No papel de analisado, o entrevistador, Aderbal participa da sessão no divã-banheira, que, desde sempre, tem sido o centro inconsciente do cenário do programa.”
Considero Ernest Becker – vencedor do prêmio Pulitzer de 1974 por “A Negação da Morte: Uma Abordagem Psicológica da Finitude Humana” – um dos mais profundos pensadores do século 20. A abordagem multidisciplinar de Becker, que une Psicologia, Antropologia, Filosofia, Sociologia e Crítica Cultural, permitiu que ele compreendesse a condição humana com uma extraordinária amplidão de visão. Grande leitor e comentador de Freud e Otto Rank, dos existencialistas e de Kierkegaard, de Huizinga e Norman O. Brown, dentre muitos outros autores com o qual dialoga, Ernest Becker foi um brilhante e inovador “sintetizador” do problema antiquíssimo e sempre atual da Mortalidade.
O filme “Flight From Death”, que A Casa de Vidro aqui compartilha na íntegra, é o primeiro documentário calcado na obra de Ernest Becker – e é uma excelente porta-de-entrada para os grandes temas explorados nos livros de Becker. Narrado por Gabriel Byrne e com declarações contundentes de figuras como Sam Keen, Robert Jay Lifton e Irvin Yalom, o filme é uma excelente exploração de como as mais variadas culturas inventam meios para lidar com a finitude da existência humana – e quais são as consequências disso para as relações interpessoais e interculturais.
Uma das idéias-chave do pensamento de Ernest Becker é a de que só compreenderemos a Humanidade, inclusive em suas manifestações mais horrendas (guerras, massacres e arroubos cotidianos de agressividade), quando entendermos nossa relação com o fato incontornável de nossa mortalidade, tão denegada, renegada, sublimada e mal-compreendida. A prática da negação da morte, por exemplo, que Becker descreve como uma denegação tanto psíquica quanto cultural, como prática não só individual mas coletiva, é essencial para a nossa compreensão de nós mesmos e de nossas coletividades.
Doutrinas destinadas a confortar-nos com a ideia da imortalidade estão presentes nas mais variadas culturas e atravessam a história desde os tempos mais arcaicos até a contemporaneidade, A obra de Becker procura avaliar as consequências destas crenças e destes sistemas culturais, em especial quando entram em choque. Afinal de contas, a negação-da-morte tem várias facetas (uma cultura vizinha nega a morte de modo diferente do que a minha própria cultura, assim como em tempos passados vigiam outros tipos de ideologias de negação da morte…) e quase sempre há “clashs” sangrentos entre diferentes sistemas culturais em suas práticas denegadoras da mortalidade.
Enfim, é um excelente filme! Baseado na obra de um pensador que considero muito subestimado, e que está entre os meus psicólogos e filósofos prediletos, um grande desvendador da condição humana e que merece ser muito mais lido e discutido do que é atualmente. A contribuição dele é imensa, em especial a análise de nossa tendência psíquica de fingirmos que somos imortais, agarrando-nos a doutrinas negadoras-da-morte oferecidas no supermercado das culturas. A problemática da fé religiosa é compreendida a partir dos desejos psíquicos que ela satisfaz, mas penso que Becker vai muito além do que expõe Freud em “O Futuro de Uma Ilusão” e tem um pensamento até mais multi-facetado do que o do Pai da Psicanálise.
Deixem-se provocar e refletir por este documentário crucial, que explora as idéias magistrais de Ernest Becker sobre a agressividade humana, o choque de civilizações, a repressão da consciência da mortalidade e suas consequências (tanto individuais quanto coletivas), entre outros temas suculentos, desmascarados sem medo por um filme corajoso e provocativo. É ótimo instigador de reflexões para antropólogos, sociólogos, filósofos, psicólogos e quem quer que se interesse por compreender a condição humana, esta que é tão lotada de “som e fúria”.
Coloquei o vídeo inteiro no Vimeo em 3 partes, saquem aí (em inglês, sem legendas):
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“Patrick Shen’s award-winning “Flight From Death: The Quest for Immortality” is a provocative study of “death denial” in cultures around the world. It draws upon the expertise of scholars, theologians and philosophers to examine how human behavior is influenced by the universal fear of death, especially in a post-9/11 climate of terrorism. It’s a stimulating, ultimately life-affirming film, filled with big ideas and revelatory footage.” -Seattle Times
“Narrated by Golden Globe Winner Gabriel Byrne (Usual Suspects, HBO’s In Treatment, Miller’s Crossing), this 7-time Best Documentary award-winning film is the most comprehensive and mind-blowing investigation of humankind’s relationship with death ever captured on film. Hailed by many viewers as a “life-transformational film,” Flight from Death uncovers death anxiety as a possible root cause of many of our behaviors on a psychological, spiritual, and cultural level.
Following the work of the late cultural anthropologist, Ernest Becker, and his Pulitzer Prize-winning book Denial of Death, this documentary explores the ongoing research of a group of social psychologists that may forever change the way we look at ourselves and the world. Over the last twenty-five years, this team of researchers has conducted over 300 laboratory studies, which substantiate Becker’s claim that death anxiety is a primary motivator of human behavior, specifically aggression and violence.
Flight from Death features an all-star cast of scholars, authors, philosophers, and researchers including Sam Keen, Robert Jay Lifton, Irvin Yalom, and Sheldon Solomon culminating in a film that is “not only thought-provoking but also entertaining and put together with a lot of class” (Eric Campos, Film Threat). Three years in the making and beautifully photographed in eight different countries, Flight from Death is “a stimulating, ultimately life-affirming film, filled with big ideas and revelatory footage” (Jeff Shannon, Seattle Times).”
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“GRANDE SERTÃO: VEREDAS”,
de João Guimarães Rosa (1908 – 1967)
Veja também as belas explanações de…
Haroldo de Campos
Antonio Candido
Décio Pignarati
Paulo Mendes da Rocha
Antonio Callado
Eduardo Coutinho
Willi Bolle
“Why is it that we don’t seem to be able to adjust ourselves to the physical environment without destroying it?
Why is it that in a way this culture represents in a unique fashion the law of diminishing returns? That our success is a failure.
That we are building up an enormous technological civilization which seems to promise the fulfillment of every wish almost at the touch of a button. And yet as in so many fairy tales when the wish is finally materialized, they are like fairy gold, they are not really material at all.
In other words, so many of our products, our cars, our homes, our clothing, our food, It looks as if it were really the instant creation of pure thought; that is to say it’s thoroughly insubstantial, lacking in what the connoisseur of wine calls body.
And in so many other ways, the riches that we produce are ephemeral. and as the result of that we are frustrated, we are terribly frustrated. We feel that the only thing is to go on and getting more and more.
And as a result of that the whole landscape begins to look like the nursery of a spoiled child who’s got too many toys and is bored with them and throws them away as fast as he gets them, plays them for a few minutes.
Also we are dedicated to a tremendous war on the basic material dimensions of time and space. We want to obliterate their limitations. We want to get everything done as fast as possible. We want to convert the rhythms and the skills of work into cash, which indeed you can buy something with but you can’t eat it.
And then rush home to get away from work and begin the real business of life, to enjoy ourselves. You know, for the vast majority of American families what seems to be the real point of life, what you rush home to get to is to watch
an electronic reproduction of life. You can’t touch it, it doesn’t smell, and it has no taste.
You might think that people getting home to the real point of life in a robust material culture would go home to a colossal banquet or an orgy of love-making or a riot of music and dancing; But nothing of the kind.
It turns out to be this purely passive contemplation of a twittering screen. You see mile after mile of darkened houses with that little electronic screen flickering in the room. Everybody isolated, watching this thing. And thus in no real communion with each other at all. And this isolation of people into a private world of their own is really the creation of a mindless crowd.
And so we don’t get with each other except for public expressions or getting rid of our hostility like football or prize-fighting.
And even in the spectacles one sees on this television it’s perfectly proper to exhibit people slugging and slaying each other but oh dear no, not people loving each other, except in a rather restrained way.
One can only draw the conclusion that the assumption underlying this is that expressions of physical love are far more dangerous than expressions of physical hatred.
And it seems to me that a culture that has that sort of assumption is basically crazy and devoted – unintentionally indeed but nevertheless in-fact devoted not to survival but to the actual destruction of life.”
ALAN WATTS
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Psychedelics and Religious Experience
by Alan Watts
“The experiences resulting from the use of psychedelic drugs are often described in religious terms. They are therefore of interest to those like myself who, in the tradition of William James, are concerned with the psychology of religion. For more than thirty years I have been studying the causes, the consequences, and the conditions of those peculiar states of consciousness in which the individual discovers himself to be one continuous process with God, with the Universe, with the Ground of Being, or whatever name he may use by cultural conditioning or personal preference for the ultimate and eternal reality. We have no satisfactory and definitive name for experiences of this kind. The terms “religious experience,” “mystical experience,” and “cosmic consciousness” are all too vague and comprehensive to denote that specific mode of consciousness which, to those who have known it, is as real and overwhelming as falling in love. This article describes such states of consciousness induced by psychedelic drugs, although they are virtually indistinguishable from genuine mystical experience. The article then discusses objections to the use of psychedelic drugs that arise mainly from the opposition between mystical values and the traditional religious and secular values of Western society.”
Revista de música
Ponto de Cultura e Centro de Mídia Independente
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Editora Terra sem Amos
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Este blog publica reportagens produzidas por alunos de Jornalismo da Universidade Mackenzie para a disciplina "Jornalismo e a Política Internacional".
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