Plugando consciências no amplificador! Presente na web desde 2010, A Casa de Vidro é também um ponto-de-cultura focado em artes integradas, sempre catalisando as confluências.
Poster por Maria Fernanda (Instagram @mariatatuaria)
A Casa de Vidro Ponto de Cultura lança o festival de música autoral “Fritos da Terra”, fortalecendo e amplificando as vozes mais criativas do cenário. Em sua 1ª edição, o público poderá apreciar 5 pocket-shows: Bruno Brogio, Rheuter, Akira AK, Bruna Garcia(Florasteira) e Diego Mascate. Venha apreciar esta noite de intensas emoções estéticas com alguns dos mais talentosos cantores-compositores do cenário independente e alternativo de Goiânia!
O evento ocorre na Sexta-feira, 06 de Março, a partir das 17h, iniciando com uma discotecagem focada na fina flor da nossa música goiana que expande os horizontes do ouvinte para além do óbvio. A partir das 19h, vão ter início os shows em nosso jardim – que vocês podem curtir bebericando uma cerva, um suco, um vinho ou uma catu, ou abocanhando nossas deliciosas Tapiocas Lulastê, nosso açaí amazônico ou nossa coxinhas de jaca. Delicie-se!
O ingresso, na hora, custará R$10 e a bilheteria será utilizada para retroalimentar e fomentar os agentes culturais que fazem a cena efervescer. Fortaleça os artistas locais, ajude a construir o cenário artístico independente! Quem quiser adquirir um ingresso antecipado mais barato (R$ 5 + taxa Sympla), pode comprá-lo até a véspera no site da Sympla >>> https://bit.ly/39bxF27. No nosso perfil do Instagram (@acasadevidro_pontodecultura), estamos sorteando 2 pares de ingresso entre todo mundo que comentar no post marcando 3 amigos. Participe!
ENDEREÇO: 1ª Av. 974, no Setor Universitário. Na frente da distribuidora Gela Guela, bem próximo do Bahia Bebidas, no mesmo quarteirão do Tio Pizzas. A partir da Praça Universitária, pegue a 1ª Av. na região da Catedral da PUC e siga até a primeira rotatória… chegou!
QUER TOCAR NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES DO FRITOS DA TERRA? Se você é artista musical, compõe suas canções e quer tirá-las da gaveta, acessando um espaço de apresentação onde sua voz e seu instrumento sejam ouvidos, entre em contato conosco e envie release e demotape aos cuidados do produtor cultural e curador do festival, Eduardo Carli: educarlidemoraes@gmail.com.
CONHEÇA MELHOR OS ARTISTAS:
Bruno Brogio, o músico que balançou Goiânia com o disco de estréia da banda Chá de Gim. Acostumado a loucuras instrumentais dentro do estúdio, o também poeta e cantor dessa vez apresenta-se num formato íntimo e minimalista nesse pocket show com canções inéditas. Na sequência, um poema de Bruno Brogio publicado na coletânea Goiânia Clandestina:
COM CATUPIRY
Já se pensou que o homem comum poderia
mudar tudo
que o homem comum não é um
é um milhão
e que da força dessa união se formaria uma
muralha
com corpos de sonho e margarida
mas o homem comum tá distraído
pela bola rolando
a novela passando
o pastor que não é santo
e de vez em quando
pela própria vida
os amores, os terrores
a dificuldade, a delícia
a falta de perspectiva
e de um salário justo
o homem comum tá preocupado demais pra pensar
o homem comum gosta mesmo é de coxinha de frango.
Bruno Brogio
DIEGO MASCATE
Diego Mascate é um pseudônimo artístico do cantor e compositor Diego de Moraes, “cuiabano de Goiás”. O “Mascate” é um vendedor-andarilho que passa por vários caminhos, levando diferentes “produtos”, fazendo intercâmbios, interligando o rural e o urbano. Diego de Moraes integrou a banda Diego e O Sindicato e, atualmente, além de sua carreira solo como Diego Mascate, também participa da banda Pó de Ser e da dupla Waldi & Redson. Também é professor e clown. Uma alma nômade que segue “caminhando e cantando”.
RHEUTER
Goianiense radicado em Senador Canedo, o cantor-compositor Rheuter mistura a expressão quente e cotidiana da música popular brasileira com o atmosfera etérea da psicodelia setentista e, hoje, as sintetiza na simplicidade concreta da voz e do violão. Com a canção “Nó Cego”, venceu o 1º lugar do Festival Juriti de Música e Poesia Encenada.
AKIRA AK (VOCALISTA DA CABARÉ LÚDICO)
BRUNA GARCIA (FLORASTEIRA)
Bruna Garcia, também conhecida por seu projeto Florasteira, nasceu em Goiânia e por influência da família estuda música desde os 8 anos de idade. Através de suas canções, traz referências da grande música popular brasileira e de grooves jazzados, criando uma esfera que transita por várias sensações entre voz e o violão. Bruna a princípio, se apresentou em saraus e eventos em casas alternativas e teve a oportunidade de fazer parte da equipe das duas últimas edições do Canto de Ouro
O Ponto de Cultura A Casa de Vidro, na 1ª edição do evento “Caindo no Choro”, celebra a força histórica e a vitalidade atual de um dos estilos de música popular mais importantes do Brasil, o choro: nesta sexta (07/02/2020), a casa acolhe um show de encantadora musicalidade com o grupo goianiense Borandá, tocando mais de 2 horas de repertório de choro – o trio é composto por Anderson Umbuzeiro (bandolim de 10 cordas, também integrante do grupo Diabo a Quatro), Leandro Mourão (Violão de 7 cordas) e Henry Francisco Ribeiro (percussão).
Também teremos uma mostra de documentários e clipes que iluminam a caminhada e a força do choro no presente, com destaque para “Brasileirinho – Grandes Encontros Do Choro” (2005, 90 min), documentário do finlandês Mika Kaurismäki, e o musical da EBC / TV BRASIL, “O Choro de Pixinguinha: Música Animada”, que serão exibidos na íntegra a partir das 18h. Show às 21h.
MOSTRA AUDIOVISUAL – Curadoria: Eduardo Carli de Moraes – Programação:
* EBC – TV BRASIL: “Kaurismaki, finlandês radicado no Brasil, relembra no filme Brasileirinho, como foi o início do Choro no país, suas origens e os primeiros a aderirem ao novo estilo musical. O longa faz um retrato dos rumos que o popular chorinho tomou, mostrando quem são os adeptos desse gênero musical.
No final do século XIX, no Rio de Janeiro, os músicos pararam de compor e tocar no estilo europeu para misturar melodias europeias com ritmos africanos, gerando o choro. Aos poucos o gênero ganhou espaço nos salões de dança e nos palcos de teatro, sendo considerado a primeira expressão musical da emergente classe média da cidade.
Indicado na categoria Melhor Documentário no Jussi Awards (2007), o “Oscar finlandês”, o filme conta com a participação dos músicos: Paulo Moura, Yamandu Costa, Zé da Velha, Silvério Pontes, Joel do Bandolim, Jorginho do Pandeiro, Marcos Suzano, Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Trio Madeira Brasil, Elza Soares, Guinga, Teresa Cristina, Grupo Semente, Zezé Gonzaga, Ademilde Fonseca. Reprise. 90 min.”
* Érika Borgo em Omelete: https://www.omelete.com.br/filmes/brasileirinho – “Diferente do que fez Wim Wenders em Buena Vista Social Club, por exemplo, filme que apressados teimam em comparar a Brasileirinho, Kaurismäki não está interessado nos exoticismos brasileiros. Seu filme é sobre a música, não sobre os músicos. Não há aprofundamentos de personagem – não sabemos como vivem os que ali são retratados – mas sabemos como, e onde, tocam.
A opção é louvável, pois tira do filme a aura “for export” que fatalmente ele teria se esmiuçasse as vidas do retratados – os “brasileiros sofredores”. O que se vê em Brasileirinho são apaixonados pela música e pelo estilo de vida do choro. Por outro lado, um pouco de atenção ao entorno não faria mal. Ok, o cineasta usa as belas paisagens do Rio de Janeiro como cenários para entrevistas e rodas de choro, mas faltou mostrar um pouco dos bares, das agremiações onde a música ganhou força – e segue firme. Também faltou um pouca da cultura do gênero – especialmente a da bebida, que aparece em praticamente todos os quadros, sempre nos cantinhos, ou como influência nos olhos vidrados de um dos músicos, mas jamais é abordada diretamente.
Há uma certa resistência da crítica também pela categorização como documentário, já que a grande maioria das cenas é nitidamente pré-combinada, planejada. Mas devo concordar com o próprio diretor, que explica que, sim, as rodas de choro foram montadas para o filme, o grande show ao final idem, mas que todos os depoimentos são espontâneos e não-roteirizados. Novamente, o interesse é exclusivamente a música, que permite grupos de 20, 30 pessoas tocando e improvisando juntas, e sua virtuosa execução. E nesse aspecto, o filme é impecável.”
SAIBA MAIS:
* Onde? 1ª Avenida, 974 – Setor Leste Universitário. Goiânia/GO.
* Quando? Sex, 07/02/2020
* Quanto? $10 de ingresso – contribuição aos artistas e produtores culturais.
* Que horas? A partir das 17h, discotecagem com grandes choros da história. A partir das 18h30, mostra de filmes (docs e curtas). A partir das 21h até 23h30, show com Borandá.
* Comes e bebes? Tapiocas veganas deliciosas com a Tapiocaria Lulastê: Renato Costa e Marcelle Veríssimo. Pra beber, breja (lata ou long neck), catuaba (Da Raça ou Selvagem), Sucos de polpa, Doses de cachaça, taças de vinho.
* Como acompanho A Casa de Vidro? Instragram @acasadevidro_pontodecultura; Site oficial: www.acasadevidro.com; Facebook: /blogacasadevidro
FOTOS DO EVENTO – Por Fernandinha (@Maria Tatuaria)
RELEASE
Todo jardim precisa de terra boa, luz e muita água. Ana Flor de Carvalho, ou só FLOR, brota de um jardim fértil, nasce forte e tem tudo isso na sua música. A terra, o chão vem da sua ancestralidade, da sua relação com a cultura popular. É filha do mestre Tião Carvalho (Wikipedia – Cravo Albin) e, desde criança, conviveu com a música dentro de casa.
Flor vivenciou diversas expressões e matrizes da cultura popular brasileira em grupos como Cupuaçu (SP) e Flor de Pequi (GO). Mas, Flor também desbravou e continua a desbravar outros terrenos, como a banda Zafenate e o Forró do Assaré, e agora com este projeto solo e autoral.
A luz emana dela mesma – de dentro, do seu percurso da vida, do seu ser feminino. De temperamento intempestivo, FLOR está sempre de prontidão; não para o conflito, necessariamente, mas para os afetos – seja o amor ou não, mas sempre intensa. Sua música traz essa energia, fluindo de momentos rock n’roll e urbanos a outros, caipiras e idílicos.
A água vem da saliva, do verbo, gastado nos versos das canções. São canções que se alternam num movimento pendular, hora viscerais – explosivas e cheias de verdades pessoais -, hora debochadas – balançadas, auto irônicas, mas não menos verdadeiras. Entoadas por sua voz árida e potente, trazem a sensação que fazem qualquer sertão virar mar (ou um belo e estranho jardim).”
SLAM QUEBRANDO VIDRAÇA, 2ª EDIÇÃO
(Vídeoarte documental, 15 min, Dez. 2019):
Realizado durante a Festa da Resistência Latinoamericana com shows de Adriel & Iná, em 14 de Dezembro de 2019, nosso Slam estilhaçador de monotonia e conformismo agitou o ponto de cultura A Casa de Vidro com muita poesia irreverente e insurgente; neste vídeo, compartilhamos as participações dos 3 premiados da noite: Jordan Beatriz (1ª colocada, vencedora de R$100 da Rebellium Coletiva), Akira Moraes (2ª colocada, que levou o “A Bruxa Não Vai Pra Fogueira Neste Livro” de Amanda Lovelace) e @Peri_férico (3º colocado, agraciado com o CD “Nascência” da Luiza Camilo – que teve o videoclipe de “Morro Abaixo” lançado nesta noite, assista: https://www.youtube.com/watch?v=VeLJb8die4E).
Além dxs 3 poetxs que estiveram em nosso “pódio”, compartilhamos performances poéticas da Inà Avessa (uma das juradas do slam, que fez um dos shows da noite na companhia da DJ Anarcotrans, dividindo o palco com Adriel Vinícius) e Helen Clara (apresentadora do slam e que interpretou “Geni e o Zeppelin” de Chico Buarque), além de performance musical d’Akira cantando a capella.
A filmagem e a montagem deste vídeo ficaram a cargo de Eduardo Carli de Moraes. Uma produção: A Casa de Vidro (www.acasadevidro.com). O slam integrou a programação do evento cultural de encerramento da 3ª Jornada Goiana de Direitos Humanos, produzida pelo Comitê Goiano de Direitos Humanos ‘Dom Tomás Balduino’. Na mesma data, apresentou-se a performance feminista “Um Violador Em Teu Caminho” (assista ao nosso documentário: https://youtu.be/IfwE1IrekGQ).
Em Janeiro de 2020, fiquem antenados: SLAM QUEBRANDO VIDRAÇA, Terceira Edição! Informações mais detalhadas em breve.
Presente em Nascência, álbum de estréia da artista goiana Luiza Camilo, a canção “Morro Abaixo” conta com participação especial de Inà Avessa, MC em ascensão no cenário Hip Hop de Goiânia.
Convidamos a todos para que apreciem e disseminem o vídeoclipe oficial de “Morro Abaixo”, uma das mais belas canções do disco “Nascência”. A confluência entre Luiza Camilo e Iná Avessa, nesta canção emblemática do que de melhor tem nascido na cultura goiana, está em sintonia com outros trabalhos de protagonismo feminino que vem despontando e florescendo no cenário: AveEva (da dupla Paula de Paula e Flávia Carolina), Cocada Coral, Banda Madá, Ingrid Lobo, Lorranna Santos, Coró Mulher, Retalha Vento, Luciana Clímaco, Nina Soldera e Banda Mundhumano e Meimundo, M’Bandi, dentre outros.
“Morro Abaixo” nasceu da colaboração de muita gente que somou forças para atingir este resultado e que estão reconhecidas abaixo:
CRÉDITOS DA PRODUÇÃO MUSICAL:
Arranjo, bateria e guitarra – Ricardo de Pina
Trombone – André Luiz
Percussão – Diego Amaral
Trompete – Wellington Santana
Composição, voz e contra-baixo elétrico – Luiza Camilo
Voz e composição – Iná Avessa
CRÉDITOS DA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL:
Câmera e Montagem – Eduardo Carli de Moraes
Fotografia e Making Of – Naihara de Moraes
Figuração e Assistência – Guilherme Eurípides, Afrodite Flow
“Performers” / Atrizes – Luiza Camilo e Iná Avessa
CRÉDITOS DA COMPOSIÇÃO:
Camilo / Iná
MORRO ABAIXO [Letra]:
É, ‘tá difícil respirar aqui
Tanta gente que não vê
o dia florir, a sorrir.
É, tanta tragédia acontece aqui
Muita gente foi embora.
E na TV ainda tem um tal de besteirol
Enganando a cabeça de quem acha
Que tudo vai bem.
‘Tá na hora de pensarmos mais além.
Os dias passam,
Tudo continua o mesmo.
Pessoas morrem,
Tudo continua o mesmo.
O lixo só aumenta
E continua igual. Continua igual.
(RAP – Iná Avessa MC)
O tempo do plantio é diferente do tempo da colheita. Sobrevoam duvidas suspeitas, espreitam, e vezes ganham atenção que desejam. Então não pense que eu estou parada. Isso não é um simulador, a vida é um tiro, eu ‘tô engatilhada, ando pensando, conhecendo a escola do caminho, algo que agora beira o não espera nada. Nada melhor que o não visto, nada melhor que o não quisto. O horizonte com firmeza é bem maior que o objetivo, a alma calma, o indivíduo o coletivo e o subjetivo. Então não pense que eu estou parada. Poesia marginal contra toda alienação, guerrilha verbal no país da alegria, onde impera a covardia, liberdade é utopia e no momento é ilusão. P’ros parça força nessa caminhada. Não deixe não.
E no jornal uma reportagem sensacional,
Acomoda a cabeça
De quem acha a norma normal,
Basta olhar e ver
Que o mundo vai bem mal.
Os anos passam,
Tudo continua o mesmo
Pessoas matam, mentem,
Tudo continua o mesmo.
O lixo só aumenta e continua igual.
Continua igual.
É hora de atenção, muito mais ação
Porque se não,
Felicidade vai virar ilusão.
Felicidade vai virar ilusão.
Felicidade vai virar ilusão.
Não deixe não.
01 – Ande (Feat. VH) (0:17)
02 – Areia Vermelha (8:59)
03 – De Rolê (12:15)
04 – Buquê de Plástico (16:18)
05 – Netflix (19:33)
06 – Esferográfica (23:02)
07 – Casa de Ferro (26:05)
08 – Vida Rara (29:28)
09 – Força Flor (30:52)
10 – Preto (Feat. VH) (37:27)
Gravado em 28 de Setembro de 2019, em Goiânia, no ponto de cultura A Casa de Vidro em 1ª Av. 974 (St. Leste Universitário). Técnico de som e gravação: Bern Silva. Produção cultural e audiovisual: Eduardo Carli de Moraes. Ilustração da capa (em transparência): Rafael Brito. Poster por Gustavo Lopes Assis.
O Ponto de Cultura A Casa de Vidro, localizado no Setor Universitário de Goiânia, promoveu sua inauguração oficial em Agosto de 2019. Realizamos, como evento inaugural, a 6ª edição do Confluências: Festival de Artes Integradas, que rolou em 31/08/19 em um dia de atividades que pôs as vertentes artísticas e as resistências políticas pra confluir. Assista abaixo o documentário curta-metragem que agrega um pouco da trajetória do “Conflu” nas suas 5 primeiras edições, e na sequência aprecie um pouco dos rastros e ecos deste sexto rolê:
CONFLUÊNCIAS #6
Houve a inauguração do mural na frente da casa com a obra “Guerrilha” de Diogo Rustoff (que também assina o cartaz do evento). A obra nasce dos bate-papos entre o produtor cultural (Edu Carli) e o grafiteiro Rustoff em que matutaram sobre a melhor representação gráfica da ideia de Artes Integradas em uma época como a nossa, em que vem triunfando o obscurantismo neofascista. No mural, quatro figuras, duas masculinas e duas femininas, empunham suas “armas” que atiram belezas e não balas: os livros, as câmeras, os violões, as tintas etc.
No grafite, atentem para um detalhe: o folk antifascista marca presença em uma das figuras do mural pois no Batalhão Cultural o artista Rustoff evocou o emblemático “This Machine Kills Fascists”, lema inscrito no violão do lendário Woody Guthrie, cantor e compositor que inspirou lendas da música politizada como Bob Dylan, Joe Strummer, Rage Against The Machine, dentre outros.
Houve também o lançamento do curta-metragem: “A Arte de (R)Existir” – Transexualidade em Goiânia, com projeção seguida de debate com as realizadoras: Daniela Alpa, Dani Bettini, Lays Vieira, seguido por bate-papo sobre o livro “Por Que Não Me Sinto Segura Dentro Da Minha Própria Casa? – A Chacina do Solar Bougainville”. Lançado em 2019, o livro foi apresentado por sua autora Maria Ramos e pelas ativistas do grupo Mães Pela Paz, além de participações do deputado Mauro Rubem e da representante do Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, Angela Cristina Ferreira.
Para fechar a noite, tivemos shows com importantes figuras da música autoral alternativa do cenário goianiense: o quinteto Cabaré Lúdico (vulgo Cabi Ludus) e o cantor-compositor Rheuter (acompanhado por Fernanda e Pabli). Confira a cobertura:
FOTOGRAFIA – Por Ana Maria Maia || Perpettuart
NO ESTÚDIO CONFLUÊNCIAS… ENSAIO DOS CABI LUDUS:
VÍDEOS AO VIVO
Caliente show da banda Cabaré Lúdico (vulgo Cabi Ludus); neste vídeo, confira trechos da canção autoral “Galinha Papelada” e também da cover de “Bogotá” do Criolo. A banda é composta por Ênio (guitarra e voz), Akira (percussão e voz), Levi (baixo), Guilherme (trompete) e Rafael (guitarra). Filmagem e montagem por Eduardo Carli de Moraes. Goiânia, 31/08/2019.
“Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados.” – Vladimir Herzog (1937 – 1975)
Uma verdade, para muitos intragável, sobre a Ditadura Civil-Militar brasileira (1964 – 1985), é a imensidão do sangue juvenil que os ditadores derramaram impunemente. “Eles mataram garotos”, anuncia a manchete da matéria de Cynara Menezes, a jornalista de cognome Socialista Morena. Fato que muitos dos defensores e apologistas da violência de Estado não gostam de mencionar (nem mesmo querem lembrar…). “Eles”, no caso do texto de Cynara, são os agentes de repressão a mando da ditadura militar brasileira, que deixaram um rastro de sangue e vísceras calculado em cerca de 434 vítimas fatais, oficialmente reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade. Sobretudo jovens, a maior parte deles com alto grau de escolarização.
Um levantamento por idade entre os mortos e desaparecidos descobriu: “56% deles eram jovens”, “tinham menos de 30 anos de idade”, sendo que “29%, ou quase um terço dos mortos e desaparecidos da ditadura, tinham menos de 25 anos. São esses meninos que os defensores do coronel Brilhante Ustra falam que pretendiam implantar a ‘ditadura do proletariado’ no País e por isso foram barbaramente torturados e executados.” (MENEZES, Cynara: 2016)
Se somarmos a esta abordagem por faixas etárias o fator “escolaridade”, também descobriremos outras verdades que os Bolsominions e outros defensores da ditadura dos milicos não gostam de reconhecer, muito menos de deixar propagar: “pelas estatísticas do projeto Brasil: Nunca Mais, 62,7% das pessoas atingidas pela repressão e envolvidas em processos políticos tinham curso universitário incompleto ou completo, enquanto na população economicamente ativa, segundo o Censo Demográfico de 1970, os diplomados e estudantes universitários perfaziam apenas 3,9%.” (ACSELRAD, H: 2015, p. 40.)
Qualquer país que estivesse interessado em aprender com as atrocidades pretéritas tendo por alvo a construção de uma resolução coletiva de nunca mais repetir os horrores de outrora teria que enfrentar, coletivamente, o desafio de punir tais crimes. Para depois instituir uma educação devotada à crítica de todas as condições que possibilitaram este horror: o extermínio em massa, em especial entre 1968 e 1973, de jovens brasileiros, a maioria deles estudantes altamente escolarizados, que decidiram se engajar em organizações de contestação e combate ao regime nascido do golpe de Estado de 1964.
Corte para o Brasil de 2019, (des)governado por uma figura cujas ações e posturas éticas não nos deixam solução senão diagnosticá-lo como um canalha sádico e subletrado, violador impune de todos os códigos de ética e direitos humanos conhecidos pela “humanidade civilizada”. O sujeito célebre por dizer que “é favorável à tortura”, que “a ditadura matou foi pouco”, que “tinha que ter matado 30 mil” e que tem como ídolos e heróis figuras como Ustra e o Duque de Caxias.
Aquele mesmo, responsável por ofender com uma cusparada cheia de catarro os familiares que buscam os ossos de seus familiares desaparecidos: em 2004, o deputado posou numa foto em que se lia “quem procura osso é cachorro”, referindo-se aos parentes enlutados, em busca dos restos mortais de seus entes queridos, ou seja, pessoas que o Estado assassinou na repressão à Guerrilha do Araguaia.
O deputado Jair Bolsonaro, em seu gabinete no Congresso Nacional, exibe um cartaz onde protesta contra a procura dos restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia. Data: 01/12/2004. Foto: Dida Sampaio / Agência Estado.
Neste momento histórico catastrófico, em que ao golpe de Estado de 2016 seguiu-se, em 2018, o cárcere imposto pelo aparato jurídico golpista à candidatura de Lula, que segundo todas as pesquisas se consagraria vitoriosa, tornou-se mais do que nunca necessário rememorar aquele período sombrio que durou bem mais que 21 anos. Os ecos da ditadura ainda ressoam entre nós. E tudo indica que ela ressurge, assanhada, capitaneada pela extrema-direita neo-fascista, o Bolsonarismo lambe-botas de Trump. Bem-vindos à distopia do real!
A Monstra insepulta da Ditadura está aqui novamente, produzindo cadáveres, espalhando o terror, amordaçando a diversidade das vozes, mandando que se calam e se imobilizem todos os protestos e marchas. Enquanto o presidente ordenou a “comemoração” do golpe de 1964 no início de seu mandato, em Março de 2019, o Exército cometia “equívocos” como fuzilar com 80 tiros um carro de família qu ia a um chá de bebê, assassinando “por engano” a duas pessoas – Evaldo Rosa e Luciano Monteiro – que o Chefe de Estado equiparou a “ninguéns”. Nesse cenário abundam faíscas e estopins capazes de reacender os debates sobre a luta armada contra a ditadura militar.
O intento de criminalização do comunismo não é nada de novo em nossa história, tampouco é novidade querer estigmatizar como “terroristas” os ativistas de movimentos sociais (como MST, MTST, Levante, APIB, Ninja etc.). No cinema, a estréia de Wagner Moura como diretor na cinebiografia Marighella, estrelada por Seu Jorge, desde sua estréia em Berlim já acirrou as controvérsias sobre a vida, a obra e o legado do revolucionário baiano.
Um dos melhores livros já escritos sobre a época da ditadura é “Sinais de Fumaça na Cidade: Uma Sociologia da Clandestinidade na Luta Contra a Ditadura no Brasil”, de Henri Acselrad (professor da UFRJ). Obra crucial pra compreender esta “experiência nevrálgica da histórica contemporânea brasileira” que foram as organizações clandestinas de combate ao regime ditatorial, ou seja, a “oposição extrainstitucional à ditadura”: “A análise se centra de forma original nos efeitos não intencionais produzidos pela clandestinidade na vida real dos bairros populares em que os ativistas se autoexilavam”, explica José Sérgio Lopes, professor de Antropologia Social na UFRJ.
Através de 50 entrevistas de longa duração com ex-militantes, Henri Acselrad e sua equipe de pesquisa produziram um documento histórico de imenso valor para o nosso presente.
Segundo a lavagem cerebral que a Ditadura praticava nas Escolas, sob o nome de Educação Moral e Cívica, ou na Mídia (com programas que, se fossem sinceros, se chamariam Vozes Em Prol de Um Cidadão Servil), o estudante devia apenas estudar, e nunca se meter em política. Soa familiar?
Parte dos indivíduos que em suas juventudes vivenciaram a radicalização do movimento estudantil acabaram por aderir à luta armada contra o regime nascido do golpe de 1964. Esta decisão acarretou para eles uma radical transformação existencial, um transtorno total de seus cotidianos.
Acselrad lê com o auxílio do filósofo Henri Lefebvre (autor de O Direito à Cidadee da Introdução ao Marxismo) este processo complexo de metamorfose ambulante (pra lembrar Raul Seixas) que faz com que o sujeito, agora lançado à clandestinidade, adentre outros espaços sociais, novas situações e contextos. Quase sempre, trata-se de um estudante que se radicaliza, proveniente mais das classes médias que do proletariado, e que se transmuta de cidadão engajado em vias institucionais de luta política em um militante clandestino de um movimento armado de combate ao regime, de revolucionamento do presente tido por indignante, revoltante, inaceitável.
Passando a vivenciar extraordinários cotidianos onde o risco de prisão e morte violenta está sempre presente, dada a perseguição por parte das forças de repressão do Estado, mas em que também nascem interações das mais variadas com os moradores dos bairros populares e proletários onde é costumeiro que o guerrilheiro se hospede.
O trabalho da memória realizado por Axelrad culmina numa reflexão sobre as “condições de possibilidade da política”, ou seja, o autor é o portador de questões sobre “onde a política se teria refugiado quando esta fora, pelo regime de exceção, inviabilizada; quando toda dissidência fora calada, dada a imposição, pelo medo, do conformismo e do silêncio… em que interstícios, em que frestas da vida social, a política se fazia então possível e sob que formas? Temos aqui como referência, por certo, não a política como a atividade consentida, tolerada e regulada pelos detentores da força armada do regime de exceção, mas aquela investida na articulação entre o poder transformador da palavra e a força da organização autônoma dos sujeitos sociais; quer dizer, propriamente aquela que se condensava no conjunto de discursos e práticas que foram constrangidos a sair do âmbito da visibilidade pública.” (p. 19)
A mordaça, a censura, o silenciamento, além dos “desaparecimentos”, torturas e massacres, eram estratégias radicais de despolitização da sociedade pois visavam aniquilar justamente aqueles cidadãos cujo índice de politização e engajamento era maior, mais intenso, chegando às vezes a constituir quase que um sacerdócio secular, uma atividade que dá sentido à existência e à qual se adere com total devotamento. A leitura atenta, cuidadosa e meditativa desta obra-prima de Henri Axelrad poderia nos curar de muitas de nossas patologias do social, sobretudo pela empatia com o que o autor lida com seus personagens, uma atitude ética que convida o leitor a nunca se apressar a tacar pedras sobre aqueles que a Ditadura queria nos convencer que não passavam de terroristas, indignos de viver, digno de ser exterminados pela violência supostamente legítima do aparato estatal de repressão à dissidência.
“A indignação ante o golpe de Estado – golpe cujo objetivo, em 1964, foi o de sufocar o crescente processo de expressão pública dos setores populares – nutriu-se, em grande parte, do modo como o poder arbitrário, ao mesmo tempo em que estreitava o espaço do debate público, promovia uma degradação do sentido das palavras: a quebra da legalidade democrática fora feita em nome da democracia; a censura foi justificada como requisito da proteção da liberdade; a produção cultural foi cerceada a pretexto da proteção dos valores; a Justiça era encenada em tribunais militares de exceção que pretendiam encarnar uma suposta legalidade; um simulacro de Congresso operava sob a ameaça permanente de cassações de mandato. A política antipolítica do regime fez com que as mobilizações de massa que foram se configurando nas grandes cidades a partir de 1966 fossem carregadas com o sentido de uma luta pela recuperação da política, mesmo quando materializaram-se, a partir de 1969, através de ações armadas.” (p. 198 – 199)
A Ditadura, em seus efeitos concretos, significa o fechamento da arena pública, o silenciamento da multiplicidade de vozes em diálogo e debate polêmicos na ágora. Busca “manufaturar um consenso” (para emprestar a expressão de Chomsky) através de um ideologia de unidade nacional que é, em sua essência, excludente, racista e violenta. Exterminadora da alteridade e sua diversidade, a Ditadura desejava reduzir o Brasil ao idêntico, fazer de todos os cidadãos umas ovelhas adestradas, babando diante da TV Globo, indiferentes à política, assim entregue de mãos beijadas às elites financeiras, sobretudo a dos EUA, diretamente responsável pelo financiamento e apoio ao Golpe de Estado. Como, com a imprensa, as artes e as universidade sob estrita censura, um discurso crítico poderia circular nesta sociedade que se pretendia fechada e de verdade única?
Ora, um dos interesses da obra de Acselrad está na investigação que faz das “condições em que se teria dado a busca pela construção silenciosa de alguma espécie de microarena pública onde a política transformadora, a partir de então situada na ação subterrânea, poderia encontrar-se com a circulação eventual de um discurso crítico, ainda que oculto, no cotidiano popular… É nesses contextos discursivos circunscritos onde se teria podido buscar o desenvolvimento conjunto de capacidade de reflexão e de criação de sentido crítico.
Pois em regimes autoritários, a circulação restrita da crítica política tende a dar-se apenas em enclaves espaçotemporais que operam como micropúblicos, contraespaços, esferas de autonomia ou de recuo social, interstícios da vida social onde situações de co-presença podem vir a propiciar atividades de resistência, mobilização, recrutamento e formação de redes de apoio à luta contra o arbítrio.
(…) Assim sendo, a luta clandestina ter–se-ia também materializado numa rede de lugares e trajetos – espaços de ação como favelas, trens e portas de fábrica, onde realizavam-se panfletagens e comícios relâmpagos; agências bancárias objeto de ações armadas; locais de reunião ou de refúgio, pontos de encontro, áreas de deslocamento sistemático e rotas de fuga.
Essa trama socioespacial evoca, a propósito, aquilo a que Michel Foucault chamou de heterotopias, lugares precisos e reais onde as utopias têm um tempo determinado, ao contrário daquela, mais correntemente evocada, situada apenas ‘na mente dos homens, no interstício de suas palavras, no lugar sem lugar de seus sonhos’ (Foucault, 1966: 1).
Essas utopias outras (heterotopias), diz ele, são aquelas que podemos situar no mapa, que podemos fixar e medir no calendário de todos os dias, manifestações de aspirações ou imagens do desejo que se orientam na direção da ruptura da ordem estabelecida e exercem uma ‘função subversiva’ (Mannheim, 1969: 36).
(…) Os militantes clandestinos… nas condições de restrição violenta à liberdade de expressão e ao exercício da política, procuravam reagir à opressão a que estavam submetidos… procuraram, em plena vigência do regime de arbítrio, num país então enquadrado por máquinas repressivas, construir, movidos por sua utopia, contraespaços sem os quais, nos termos de Foucault, na vida de qualquer país, ‘os sonhos acabam, a espionagem substitui a aventura e a feiúra das polícias substitui a beleza ensolarada dos corsários.’ (1966: 7)” (ACSELRAD, 2015, p. 25-26)
“50 anos após o golpe de 1964 e 30 anos após o fim da ditadura, voltou-se a discutir o que dela restou: a violência de Estado, a militarização das políticas; a impunidade dos torturadores; uma lei da Anistia pela qual os responsáveis pela ditadura perdoaram a si próprios e a seus esbirros; as evidências de que grandes interesses econômicos (…) lucraram com o golpe, além de terem se envolvido no apoio à sua realização, à continuidade do regime que dele decorreu, e, em certos casos, no próprio financiamento direto à repressão e à tortura. Mas também restou a degradação política – não só porque grande parte dos agentes da grande política, nos termos Gramscianos, foram, durante a ditadura, presos, mortos ou exilados, deixando um vazio geracional de reflexão crítica e de projetos utópicos; mas porque se mergulhou o sistema político em um realismo que nega a possibilidade do povo mobilizar sua inteligência coletiva para pensar sua própria condição, seu devir e os meios de construí-lo.
(…) Pois fato é que, ao longo do processo histórico que se seguiu ao fim da ditadura, notadamente a partir dos anos 1990, novas modalidades de restrição ao exercício da grande política foram se apresentando. A política foi deixando de designar o domínio da ação do poder legítimo de organizar a vida coletiva, sendo associada à função que consiste em organizar as condições de exercício de um poder que lhe é superior, o poder financeiro…. A política, ao longo dos processos desencadeados pelas reformas neoliberais, não parece designar mais a esfera de afirmação de uma soberania popular, mas uma arte de domesticar os sujeitos a serviço de forças financeiras.” (p. 200)
ACSELRAD, Henri. Sinais de Fumaça na Cidade.
A Ditadura militar brasileira, a exemplo de outras que se instalaram pela América Latina (no Chile, na Argentina, no Uruguai, na Guatemala etc.), esteve sempre vinculada ao capitalismo selvagem, às forças financeiras que entronam o lucro como divindade superior à tudo, Mammon devorador de vida sacrificável.
O lucro é o deus idolatrado por este regime elitista e entreguista, subserviente à metrópole ao Norte, e seu modos operandi básico consiste naquilo que o sociólogo Jessé de Souza chamou de “a construção social da subcidadania”. A subcidadania dos excluídos, dos famélicos, dos sem terra, dos sem teto, dos rebeldes, todos eles tidos como “ninguéns” e como “extermináveis”.
Como aponta com razão Acselrad, a patologia social daquele período poderia ser descrita como “psicose da segurança” (Jornal do Brasil, 1971, p. 100):
“A ditadura é, via de regra, apoiada em um movimento permanente de destruição, em distintas escalas, de arenas públicas emergentes, seja através da censura à imprensa, da dissolução de organizações sociais, do enclausuramento de críticos e oponentes, da exposição exibicionista do poder arbitrário da máquina repressiva ou da internalização do medo em larga escala na população.
(…) A tortura era uma prática tradicional em centros de custódia no Brasil e (…) são inúmeras as matérias registrando repressão a práticas não armadas quando militantes eram flagrados em reuniões ou atos públicos considerados subversivos… passeatas, comícios, eram considerados como perigos para a segurança nacional…faltava o espaço público, exatamente aquele que estava sendo, naquele contexto histórico, sistematicamente destruído pelo regime de exceção. É por isso que, quando este espaço tornou-se o lugar da violência repressiva e do silenciamento do litígio, foi na cena clandestina onde refugiou-se o poder transformador da palavra e a dimensão literária da política.”
A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismo encontram a sua solução racional na práxis humana e na compreensão desta práxis. [Karl Marx, 1845]
Combatendo a distorção e divulgação de notícias e conceitos falsos; Ocupando as redes sociais e denunciando moralistas e interesseiros de ocasião; Dialogando e formando amigos e conhecidos seduzidos por soluções autoritárias; Colaborando com ações e propostas conscientizadoras sobre as liberdades civis; Frequentando e defendendo os espaços plurais de produção, difusão e compartilhamento de saberes, conhecimentos e artes. RESISTA!