Plugando consciências no amplificador! Presente na web desde 2010, A Casa de Vidro é também um ponto-de-cultura focado em artes integradas, sempre catalisando as confluências.
Com Sérgio Buarque de Hollanda, Chico Buarque, Miúcha, Maria Amélia, Cristina Buarque, Zeca Buarque, Ana de Hollanda, Maria do Carmo de Hollanda, Sergito, Alvinho, Antônio Cândido, Paulo Vanzolini, dentre outros.
O dia em que Janis Joplin (1943-1970) caiu no samba: desfile de carnaval do Rio, fevereiro de 1970. Janis foi ciceroneada na Cidade Maravilhosa pelo fotógrafo Ricky Ferreira e pelo cantor Serguei. Fez um obscuro show num inferninho de Copacabana, foi expulsa de um hotel e quase foi presa na praia por fazer topless. Em outubro daquele ano, Janis Joplin morreu aos 27 anos.
Na coletânea de música brasileira deste mês (ouça a de Janeiro!), propiciamos mais uma travessia sonora por algumas pérolas de nossa música popular. Tem excelentes cantoras homenageando grandes compositores (Cássia Eller canta Chico Buarque, Clara Nunes manda um Paulinho da Viola). Tem Jackson do Pandeiro hibridizando os gêneros musicais e tirando onda com o Tio Sam. Tem Dorival Caymmi, sincopado e dengoso, ritmando os encantos da nega baiana. Tem João Nogueira profetizando a vitória das forças da natureza sobre as ruínas da civilização. Relembro também uma canção épica de Paulo Vanzolini, cuja narrativa poética tem um certo sabor de Cabral de Melo Neto em Morte e Vida Severina, e um chamado à luta de Gonzaguinha (“Eu acredito é na rapaziada que segue em frente e segura o rojão / Eu ponho fé é na fé da moçada que não foge da fera, enfrenta o leão / Eu vou à luta com essa juventude que não corre da raia a troco de nada / Eu vou no bloco dessa mocidade que não tá na saudade e constrói a manhã desejada”).
Dentre os contemporâneos, compartilho o groove denso e ousado do Aláfia, que realizou em “Preto Cismado” um manifesto anti-racista que está entre as melhores músicas lançadas em 2015 e que afirma em seu memorável refrão: “Não posso acreditar num deus que feche com a segregação!” Dentre as instrumentais, destaco duas composições de Pixinguinha, em lépidas performances de Altamiro Carrilho & Carlos Poyares, e duas incursões de Quincy Jones num mélange de bossa nova com jazz ao estilo big band.Tem ainda o Geraldo Babão contando vantagem sobre sua viola (que é de madeira-de-lei, num é qualquer qualidade de pau!), além de uma panorâmica do duelo entre Wilson Batista e Noel Rosa, que trocaram rajadas de sambas como se estivessem numa briga de faroeste (destaco quatro destas canções, na interpretação de Jorge Veiga e Roberto Paiva, intercaladas como rajadas de balas). Subam o volume e apreciem sem moderação!
01) Jackson do Pandeiro, “Chiclete com Banana”
02) Dorival Caymmi, “O Dengo Que A Nega Tem”
03) João Nogueira, “As Forças da Natureza”
04) Altamiro Carrilho & Carlos Poyares, “Recordações” e “A Vida é um Buraco” (de Pixinguinha)
05) Cássia Eller canta Chico Buarque, “Partido Alto” (Acústico MTV)
06) Aláfia, “Preto Cismado”
07) Gonzaguinha, “E Vamos à Luta”
08) Paulo Vanzolini, “Capoeira do Arnaldo”
09) Quincy Jones e a Bossa Nova, “Desafinado” e “Samba de uma Nota Só”
10) Clara Nunes canta Paulinho da Viola, “Coração Leviano”
11) Geraldo Babão, “Viola de Massaranduba”
12) Duelo Noel Rosa vs Wilson Batista:
“Chorinho” (1942), de Candido Portinari (1903 – 1962)
70 DOCUMENTÁRIOS COMPLETOS SOBRE A MÚSICA BRASILEIRA & SUA HISTÓRIA
A Casa de Vidro, na intenção de contribuir com a expansão do conhecimento e da experiência de todos a respeito da infinita riqueza da cultura musical brasileira, disponibiliza aqui um dos mais completos guias digitais de documentários musicais do Brasil. Mergulhe de cabeça, com as retinas bem abertas e o volume bem alto! Apreciem sem moderação!
CONTRIBUA! Sugira filmes que ainda não estão nesta lista através dos comentários ao fim da postagem ou via Facebook – a construção colaborativa é essencial para a expansão desta playlist só com a fina flor dos documentários sobre a música brasileira. Evoé!
Tropicália (de Marcelo Machado, 2012) DOWNLOAD TORRENT [1.56 gb]
Canções do Exílio: A Labareda que Lambeu Tudo (2011),
Diretor: Geneton Moraes Neto, Duração: 1h 31min DOWNLOAD TORRENT (1.3 gb)
Humberto Teixeira: O Homem Que Engarrafava Nuvens (2008)
um filme de Lírio Ferreira
Nas Paredes da Pedra Encantada (2011, 1h57min)
A história por detrás do mítico álbum “Paêbirú” – Caminho da Montada do Sol, de Lula Côrtes e Zé Ramalho
“Darcy Ribeiro é um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Não apenas pela alta qualidade do seu trabalho e da sua produção de antropólogo, de educador e de escritor, mas também pela incrível capacidade de viver muitas vidas numa só, enquanto a maioria de nós mal consegue viver uma.” Antonio Candido, Folha de S.Paulo
Orelha: “Por que o Brasil ainda não deu certo? Darcy Ribeiro, ao chegar no exílio, no Uruguai, em abril de 1964, queria é responder a essa pergunta na forma de um livro-painel sobre a formação do povo brasileiro e sobre as configurações que ele foi tomando ao longo dos séculos. Viu logo, porém que essa era uma tarefa impossível, pois só havia o testemunho dos conquistadores. E sobretudo porque nos faltava uma teoria crítica que tornasse explicável o mundo ibérico de que saímos, mesclados com índios e negros. Afundou-se, desde então, na tarefa de produzir seus Estudos de antropologia da civilização, que pretendem ser essa teoria. A propósito deles, Anísio Teixeira observou que “embora um texto introdutório, uma iniciação, não é reprodução de saber convencional, mas visão geral, ousada e de longa perspectiva e alcance. Darcy Ribeiro é realmente uma inteligência-fonte e em livros desse tipo é que se sente à vontade. Considero Darcy a inteligência do Terceiro Mundo mais autônoma de que tenho conhecimento. Nunca lhe senti nada da clássica subordinação mental do subdesenvolvido.”
TODOS OS 10 EPISÓDIOS DA SÉRIE, DIRIGIDA POR ISA GRINSPUM FERRAZ:
P.S. – Para comprar o BOX com 2 DVDs da série, dê um pulo no Submarino.
DARCY RIBEIRO – UM BRASILEIRO Documentário Completo
Uma das maravilhas que a Internet nos proporciona é o acesso a uma imensa biblioteca musical. Este baú de tesouros – não somente guardados mas compartilhados – está acessível a qualquer um que se conecte à grande rede, mas as pepitas estão dispersas por toda parte e a compilação da fina flor deste gigante acervo exige todo um trampo de garimpagem e coleta. Na intenção de organizar um pouco todo este vasto material musical, A Casa de Vidro apresenta aqui uma seleção com 200 álbuns da MPB nas décadas de 60, 70 e 80, todos eles disponíveis para audição na íntegra no YouTube. Obras cruciais na história cultural brasileira estão aí reunidas para degustação livre. A lista vai ser expandida constantemente e as sugestões de vocês são muito bem-vindas. Subam o volume e boa viagem!
Tem João Gilberto, Jorge Ben, Nara Leão, Sambalanço Trio, Chico Buarque, Vinicius de Moraes e Baden Powell, Tom Jobim, Caetano Veloso, Gal Costa, Os Mutantes, Paulinho da Viola, Tom Zé, Ronnie Von, Egberto Gismonti, Erasmo Carlos, Som Imaginário, Rita Lee, Dom Salvador e a Abolição, Clube da Esquina, Tim Maia, Eumir Deodato, Novos Baianos, Jards Macalé, Clube da Esquina, Secos e Molhados, Gilberto Gil, Luiz Melodia, Walter Franco, Luiz Bonfá, Marcos Valle, Rogério Duprat, Arnaldo Baptista, Hermeto Pascoal, Lula Côrtez e Zé Ramalho, Adoniran Barbosa, Cartola, Clara Nunes, Belchior, Raul Seixas, Elis Regina, Sergio Sampaio, Taiguara, Odair José, Banda Black Rio, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Paulo Vanzolini, Titãs, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Legião Urbana… e muito mais!
A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismo encontram a sua solução racional na práxis humana e na compreensão desta práxis. [Karl Marx, 1845]
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